Caro engº Paulo Fernandes
Antes de mais nada permita-me que, em texto que provavelmente
nunca lerá, lhe mande um abraço, para suavizar uma reclamação.
Sou leitor assíduo do seu Correio da Manhã, o jornal mais útil
e fácil de ler, desde que se conheça a técnica conveniente, e que não me custa
ensinar aos que se atreverem a ler-me:
Abre-se o jornal ao meio, e escorre-se a primeira parte,
podendo aproveitar-se o sangue para morcelas ou uma cabidela. Espreme-se depois
a segunda parte em separado, pois o silicone que escorre só serve para fins
industriais, normalmente construção civil ou de corpos desenhados por catálogo.
Depois de bem seco, o jornal lê-se em 5 ou 10 minutos sem esforço, e sem risco
de se sujar.
Mas na segunda-feira correu mal – ao espremer a primeira
parte, o sangue tinha um aspecto estranho, dum vermelho muito mais vivo que vim
a confirmar ser tinta de camisolas made in RPC (até o milionário futebol, meu Deus…).
Foram 16 páginas sobre o Carnaval da Luz, o que já não é
mau, mas, caro engenheiro, não se justificaria uma edição especial?
Nota – Faça-a! Ainda vai a tempo, e aproveita para gastar o
stock da tinta vermelha, pois parece que nos próximos anos o verde é mais
trendy.
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