terça-feira, dezembro 04, 2012

Às armas, credores de 3ª

Fiquei em pânico quando ouvi na TV que o Estado está nas mãos dos credores. Agora que as manifs começaram a espatifar, eu, que sou credor do Estado, receei que uma das próximas viesse ameaçar a minha marquise, acabada de fechar a um preço que nem vos digo.
Tenham lá calma! Há credores e… credores.

Os credores do Estado dividem-se em 3 categorias:

Credores de 1ª – Os agiotas

Estrangeiros, apenas interessados em obter os juros que lá na terrinha não conseguem, sob o disfarce duma ajudinha.

Credores de 2ª  – Os desprezados

Aforradores nacionais, dispostos a ajudar o Estado em condições mais favoráveis que as dos agiotas, mas a que o Estado não liga pois o dinheiro lá de fora é que é bom.

Credores de 3ª  – Os lixados

Cidadãos no ocaso da vida que acreditaram quo o Estado era pessoa de bem, e lhe confiaram parte dos seus rendimentos do trabalho, para o receberem de volta mais tarde.

Portanto, senhores manifeiros, prestem muita atenção: Quem tem o Estado na mão são os credores de 1ª, os de 3ª estão mas é na na mão do Estado.

E se tentássemos sair? Às armas, credores de 3ª!
Para já para proteger as marquises, e, mesmo que no futuro não venham a ser precisas para correr com os agiotas, sempre soa a patriotismo, e… quem sabe?

quarta-feira, novembro 28, 2012

Igreja revisitada


Devo confessar que depois de terem sido o epicentro de muitos dos meus temores a ansiedades durante a juventude, as igrejas são hoje um lugar onde ainda entro com respeito e contenção, mas fundamentalmente numa perspectiva turística. No entanto, sempre que as vicissitudes da vida me lá conduzem, para acompanhar casamentos, baptizados ou funerais, não deixo de dedicar às práticas a que assisto a maior atenção.
Confirmando o conservadorismo que é timbre da instituição, muito pouca coisa muda entre cada visita, cingindo-se as mudanças quase exclusivamente às cantigas necessariamente mal cantadas.
Voltei para um funeral com missa. Sabendo que razões higiénicas tinham levado a convidar os fiéis a abandonar a tradição de beijar o pé do simpático bonequinho a que chamam “O menino Jesus”, e depois do meu padeiro passar a ser obrigado a embrulhar a mão em plástico para me vender as carcaças, tinha a curiosidade de verificar se a ASAE não teria exigido aos párocos que fizessem o mesmo para distribuir a comunhão. Não senhor, o respeito é muito bonito, e micróbio de padre é muito mais santo que micróbio de padeiro. Ainda bem!
Uma coisa me baralhou – uma oração dizia: “recebei as suas almas, e levai-as à presença do Senhor”. Pensava eu que as orações se dirigiam directamente ao Senhor, mas, não, parece haver um intermediário. Tenho que voltar ao catecismo!

sexta-feira, outubro 26, 2012

O privado é que é bom

Nos remotos anos de 1973, estava eu e companheiros numa operação de 6 dias nas matas do Zaire, quando recebi uma mensagem para parar com a guerra, pois motivos urgentíssimos impunham o meu regresso imediato ao quartel.

Cumpri, e ainda bem – tinha vindo um recibo de 16$00 (8 cêntimos, que na altura era dinheiro, dava para comprar quase 4 litros de gasolina), relativo a um serviço que eu fizera ano e meio antes, e, se eu não voltasse a tempo de o assinar antes do MVL, já iria chegar a Luanda na semana seguinte, imaginem!

Alguém mais crítico (não o meu pessoal, que aceitou sem protestos regressar do mato), aproveitou para censurar a burocracia do Estado, achando ridícula uma situação que, no sector privado, nunca poderia acontecer. Claro que não.

Vejam o contraste:

Este verão, a minha mulher fez, de Espanha, uma chamada num telemóvel pré-pago da Vodafone.

Em Setembro recebi uma carta da companhia a debitar 50 cêntimos de roaming.

Faz sentido: um ou mais funcionários para emitir a factura, a meter num envelope que mesmo com selo talvez não chegue a custar os 50 cêntimos, e eu lá me confrontei com os códigos para pagar os 0.50€ no homebanking.

Verifiquei os saldos (graças a Deus chegava) e cumpridor que sou, procedi ao pagamento.

Fiquei ansioso, mas sem razão: outra carta que acabo de receber da Vodafone trouxe-me o recibo dos 0.50€, garantindo que tudo está bem quando acaba bem.

Mas... quando é que o estado começa a aprender com os bons exemplos dos privados?



sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Irmãos querem casar - Ajudem

A Alice casou com a Beatriz. Foram viver para uma casa grande o que lhes permitiu ter quartos separados, e como o casamento foi de conveniência, exatamente por causa do aluguer, o Carlos, namorado da Alice foi viver com ela, rapidamente imitado pelo Daniel, namorado da Beatriz. Correu bem!
O Carlos e a Alice foram pais do Eduardo, quase ao mesmo tempo que o Daniel e a Beatriz tinham a Fátima.
Muito amigos, passam o tempo, divertidos a discutir o parentesco das famílias. Como será?
O Eduardo tem uma mãe (Alice), um pai (Carlos) e… mais quê? A Beatriz, casada com a mãe, é uma segunda mãe… um segundo pai… ou quê?

A Fátima, nascida na vigência do mesmo casamento em que nasceu o Eduardo é irmã dele, claro!
Riam-se, riam-se! O problema é que os garotos vão crescendo, e gostando tanto um do outro, o desfecho está à vista, mas… que horror! Casamento entre irmãos?

As mães já admitem divorciar-se, mas… será que ajuda?
URGENTE! QUEM SOUBER QUE RESPONDA.