sábado, março 10, 2018

O remake



Num filme de há muitas décadas, “Um tiro às escuras”, Peter Sellers, no impagável papel do inspetor Clouseau, listava, numa reunião tipo Poirot, os detalhes de um crime, todos invariavelmente incriminando a Maria. 

Quando se preparava para tirar a conclusão lógica, punha os olhos na tal Maria, um monumento chamado Elke Sommer, e rematava:

Conclusão: - Donde se prova que o criminoso não é a Maria.

A piada é tão boa, que foi aproveitada para fazer um remake:

Listemos os factos:


- Correspondência ilegalmente apanhada denuncia, entre “missas” e “ministros”, uma teia de compadrio montada a partir de um clube, para controlo de tudo no futebol, desde a arbitragem à comunicação social.

- JL foi apanhado numa situação comprometedora, sendo acusado de corrupção em favor desse clube de futebol, juntando a justiça ao rol dos setores controlados.

- Anteriormente, enquanto avaliador de árbitros, JL fez um árbitro descer de divisão (e abandonar a arbitragem), atribuindo-lhe a nota historicamente mais baixa do futebol português, por ter prejudicado esse mesmo clube.

- Esse senhor JL recebe desse clube um tratamento VIP.

Clouseau olha para o clube, e vê o Benfica:

CONCLUSÃO – Donde se prova que o Benfica não tem nada a ver com corrupção e manipulação da arbitragem

PS – A única diferença é que, no filme, a Maria é mesmo inocente.