Custa-me a suportar o execrável telelixo com que os canais
comerciais tentam adormecer-nos, para nos injectar a pastilha comercial de que
são dependentes. Tenho, no entanto, que reconhecer nesse lixo uma coisa boa – é
que se devora a ele próprio, passando rapidamente à história.
Vantagem mínima, porque, na verdade, se limita a ser substituído
por mais do mesmo, com a mesma algazarra, mas rodando um pouco o elenco de “famosos”
de serviço.
Uma das “doenças” que pensava definitivamente arquivada era o
pavoroso “Perdoa-me”, que parecia a ninguém ter deixado saudades.
Foi, por isso com desespero, que vi a reposição do dislate,
ainda por cima num local supostamente sério, mas que parece ter sido convertido
para a comédia - o Parlamento.
Fiéis ao princípio dominante, da actual cultura de
consumismo mediático, os ministros fazem fila para entrar no programa, enquanto
crescem as apostas sobre as semanas que faltam para o próprio Primeiro-Ministro
se dispor a ser o “famoso” de serviço.
Ainda vai demorar. Com os líderes da oposição a discutir candidatos
a candidatos a candidatos, as audiências não sobem, e o PM não corre a
foguetes.
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