
Depois da fornada de castelhanos da Dª Brites de
Aljubarrota, e da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia em maiúsculas,
apenas uma vitória sobre o Rio Ave poderia elevar a auto-estima deste povo a um
nível que não desilude os seus egrégios avós, tios e primos.
Mas, mais do que justo, é bom!
Se vermelho é, por definição, a cor da TV, após o vermelho
do sangue bósnio, depois líbio, e sírio, agora quase em saldos, e enquanto a
sangria ucraniana não fica telegénica, nada melhor que um povo de brandos
costumes, e esgrimir cachecóis vermelhos, e a berrar que o SLB é o melhor o
mundo, ou até mesmo da Amadora e arredores.
O que me preocupa é o futuro.
Quando se espera que o fogo substitua o Benfica para cumprir
o objectivo de tingir as têvês de vermelho,
vêm os meteorologistas prever chuva. Inconscientes!
Antes que as têvês os despeçam (para despedir basta o
Governo) lanço uma ideia:
O Benfica foi apurado para a final da Taça de Portugal
feminina, o que, mesmo baixando um pouco a tabela dos anúncios, permite
prolongar a festa mais uma semana, dando tempo a que os meteorologistas
despeçam a chuva. Apenas me parece oportuno e politicamente correcto, antes que
o leão do Marquês baixe à
psiquiatria, transferir o arraial para junto da
estátua da Florbela Espanca, ou, se as televisões estiverem numa de facturar
ajudas de custo, para Aljubarrota, aproveitando para passar na tasquinha onde o
meu amigo Rodrigo está ansioso por revelar os seus Pastéis de Ló a todos os
benfiquistas, mesmo aos benfiquistas do Sporting, Porto, ou outras nacionalidades.
Sem comissões, esclareço!